16.3.08

a maratona de ir à maratona!

Por incrível que pareça, inscrição feita dentro do prazo, hotel reservado, hora da partida para Lisboa acordada.. tudo corria sobre rodas! Mas, lá vem o mas!!, havia que deixar o carro a limpar (estava nojento! É mesmo este o termo!). E nada como aproveitar dois dias fora e deixar o carro a limpar num qualquer parque de estacionamento de um, igualmente qualquer, centro comercial da cidade. Pois é! Os parques de estacionamento têm pilares, e não é que o raio dos pilares têm a estranha mania de vir contra os nossos carros!! E ainda por cima não têm seguro!! Passado este pequeno incidente, a partida aconteceu (sem olhar para o estrago no carro, tá claro!), e a horas!!
Rumo a Lisboa..
A viagem pelo melhor, o carro portentoso, sempre a surpreender. Quer o carro, quer o condutor! O carro, não sendo um Citroen Saxo, tinha francas aspirações a tal! Nervoso, rápido.. e em menos de um fósforo.. Lisboa.
Em Lisboa, no dia da chegada, tarefa única: levantar os dorsais. Ah pois!! Mas isso não é assim.. só facilidades. Ao fim de, talvez, umas duas horas às voltas lá se decidiu que era melhor ir um único elemento buscar os dorsais, enquanto os outros tentariam estacionar o carro. Tanto tentaram que conseguiram. Azar, mesmo ao lado dos pastéis de Belém! E lá fomos lanchar.. só uma boquinha, porque era quase hora de jantar.. escuso-me a nomes, mas dois pastéis de Belém, duas bolas de Berlim, 1 tosta de queijo, meia sandes de queijo (e não sei se me escapa algo!) acompanhado de qualquer coisinha líquida para empurrar, pareceu-me francamente pouco para um singelo lanche às vésperas de uma meia maratona. Afinal são 21Km!!
O resto do dia até parecia um dia normal, não fossem os dois elementos masculinos estarem imparáveis.. ele era vira daqui, vira dali, “vamo” subir, já fomos, já foste, salva de palmas, categoria para aqui, categoria para ali, entre outras que, para bem de todos, me escuso a citar. Bom, a noite aproxima-se e, como o lanche tinha sido uma coisa rapidinha e de pouca “sustança”, há que combinar o jantar. Entre alguma indecisão: um grande jantar e uma grande noitada ou a maratona, lá venceu a maratona. Jantar normal, hotel e bom dia!, bom dia!, rumo à ponte, nós e mais 38 000. Grande início de manhã! Os tais 38 000 mais pareciam 76 000. O que parecia tarefa fácil, por exemplo, estacionar, nada!! Fila imensa para apanhar o autocarro, do comboio nem falo. Teria que ser visto.. afinal eram só 38 000 pessoas em trânsito e, todas com o mesmo destino, a margem sul. Lá conseguimos entrar num comboio (entrar é uma palavra muito suave para a real acção!), chegar à margem sul e, participar de forma activa no feliz e alegre convívio com os outros participantes, na sua maioria, organizados em grupos animadíssimos e com uma fome incomensurável. 10.30H: partida, largada, fugida! Mas não só! Correr?! Qual correr?! No primeiro km é para esquecer! A única tarefa é desviar e desviar de tudo: carrinhos de compras, skates, carrinhos de bebé, entre outros. Vencido este obstáculo, foi só soltar o queniano que há em nós e.., correr..

1 comentário:

Anónimo disse...

Este poderia ser um bom prefácio, para o livro que ficou (ou está) por escrever!! Ehehehe!! Muito bom!!