6.2.08

às vezes é melhor viver na ignorância

O carnaval.. tempo de folias e de foliões! De cumprir uma série de tradições, ora nacionais, ora importadas, o importante é “foliar”! Às expensas do que for..
Lá para os lados de Vouzela, numa aldeia de seu nome Campia, manda a tradição carnavalesca que: os organizadores cacem/roubem um gato, o coloquem dentro de um cântaro fechado até à hora da festa. No largo do grandioso festejo está um mastro ladeado de lenha, o tal cântaro, com o animal dentro, é elevado por cordas até ao cimo do mastro. De seguida é ateada a fogueira que aquece o cântaro e vai queimando a corda, até o cântaro cair, desfazendo-se no chão. O gato, se ainda puder, foge, ainda que perseguido por uma cambada de energúmenos munidos com paus para lhe acertar. Esta é a centenária tradição que se cumpre na Aldeia de Campia. Tudo isto acontece com a conivência dos autarcas, bem como com a bênção do pároco.
Este ano, uma associação de defesa animal moveu tudo e todos contra esta brutalidade e.. em 2008 o cântaro lá caiu, mas com um gato de peluche dentro.. No entanto, a população de Campia, revoltou-se, e bem, porque afinal “nunca ninguém matou um gato!”; “é preferível isto ao animal viajar 8h de avião dentro de uma gaiola!”; “o gato não morre, nem é molestado, apenas apanha um susto!”. Ora sim senhor, g’andas bestas!! Como alguém que conheço muito bem costuma dizer “quanto mais conheço gente, mais gosto de animais!”.
Eu até sugeria mais.. porque não retomar os circos romanos lá para os lados de Campia, afinal eles, romanos, andaram por cá, a tradição é milenar e tem a sua piada!

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